NOTÍCIA | 30-12-2019

Peixes migradores diádromos continuam a ocorrer nos rios portugueses  

Os rios e estuários portugueses continuam a receber a visita de peixes migradores diádromos, alguns deles ainda com uma distribuição alargada no nosso país.

Os peixes migradores diádromos têm sido sujeitos a várias pressões humanas que contribuíram para o declínio das suas populações, um pouco por todo o mundo. Sendo espécies que migram entre o mar e a água doce, para se reproduzir ou alimentar, são muito vulneráveis às pressões que se fazem sentir nos ecossistemas aquáticos.

Um dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do projeto “Livro Vermelho e Sistema Nacional de Informação dos Peixes Dulçaquícolas e Diádromos de Portugal Continental”, envolveu a realização de inquéritos a pescadores comerciais que pescam nas zonas estuarinas dos principais rios nacionais.

Os pescadores inquiridos nos estuários do norte do país relataram a presença e abundância de espécies de importante valor comercial e cultural como o sável e a lampreia-marinha, mas fraca ocorrência de espécies muito ameaçadas em Portugal, como o salmão do Atlântico e a truta-marisca. A sul, mesmo em regiões afetadas por pressões humanas (como o estuário do Sado), espécies como a lampreia-marinha e a enguia-europeia continuam a ser capturadas pelos pescadores, embora quase sempre em pequeno número.

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